Hoje, 17 de Julho - Dia de Proteção às Florestas - é fundamental para que possamos lembrar da importância de conservarmos nossas florestas: aumentar a proteção, manter os múltiplos papéis e funções de todos os tipos de florestas, reabilitar o que está degradado. Isto é, preservar a vida no planeta.
E falando em Proteção às Florestas, veio à mente a figura do menestrel VITAL FARIAS, que inclusive participou do programa na TV CULTURA, na noite da última terça-feira, 15/07, com reprise no domingo, 20/07, às 10h00, no mesmo canal, TV CULTURA. Entre os meus links favoritos está o site do Vital Farias e do programa Sr. Brasil para mais e melhores informações.
No dia 23 de Janeiro de 1943, em Taperoá (PB), nascia VITAL FÁRIAS, caçula de 14 irmãos. Foi alfabetizado com as irmãs através da Literatura de Cordel. Aos 18 anos, apesar da tradição musical da família, começou a estudar violão sozinho. Nessa época, foi para João Pessoa para servir ao Exército. Participou de diversos conjuntos musicais, entre os quais "Os quatro loucos", que apresentava imitações de músicas do conjunto de rock inglês "The Beatles". Pouco depois passou a dar aula de violão e teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa. Em 1975 mudou-se para o Rio de Janeiro, e no ano seguinte foi aprovado no vestibular para a Faculdade de Música. No Rio de Janeiro começou a participar de shows e outros eventos artísticos, como a peça “Gota d’água” (1976), de Chico Buarque de Hollanda, atuando como músico. Sua primeira composição gravada foi "Ê mãe", em parceria com Livardo Alves e gravada por Ari Toledo. Em 1978 gravou o seu primeiro disco. Dois anos depois saía “Taperoá”, seu segundo disco. Em 1982 lançou o LP "Sagas brasileiras". Em 1984 lançou, pela Kuarup, o CD Cantoria I, com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai. Em 1985 lançou o LP "Do jeito Natural", uma coletânea com seus maiores sucessos. No mesmo ano participou do álbum Cantoria II, com os mesmos integrantes do CD anterior. Depois disso resolveu parar de gravar por um tempo e passou a se dedicar aos estudos. Suas composições destacam-se pelo humor e inventividade, onde se mesclam canções nordestinas, sambas de breque, modinhas, xaxados e outros ritmos. Em 2002 lançou o disco "Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos". Recebeu, ainda no mesmo período, o título de Cidadão do Rio de Janeiro.
Do CD CANTORIA extraímos a canção, dentre tantas lindas:
"SAGA DA AMAZÔNIA
Composição: Vital Farias
Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta / mata verde, céu azul, a mais imensa floresta / no fundo d'água as Iaras, caboclo lendas e mágoas / e os rios puxando as águas / Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores / os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores / sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir era: fauna, flora, frutos e flores / Toda mata tem caipora para a mata vigiar / veio caipora de fora para a mata definhar / e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira / e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira / Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar / prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar / eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá / O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar / e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? / depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o arigarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar / Mas o dragão continua a floresta devorar / e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar??? / corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduátartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura / No lugar que havia mata, hoje há perseguição / grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão / castanheiro, seringueiro já viraram até peão / afora os que já morreram como ave-de-arribação / Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova / gente enterrada no chão: Pos mataram índio que matou grileiro que matou posseiro / disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro / roubou seu lugar / Foi então que um violeiro chegando na região / ficou tão penalizado que escreveu essa canção / e talvez, desesperado com tanta devastação / pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção / com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa / dentro do seu coração / Aqui termina essa história para gente de valor / prá gente que tem memória, muita crença, muito amor / prá defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta / era uma vez uma floresta na Linha do Equador... "
Fonte:
No mapa acima dá para se ter uma noção da grave situação do desmatamento da Floresta Amazônica, devemos nos lembrar também da Mata Atlântica e outras. Cabe denunciar e participar das campanhas em prol da preservação das florestas.
3 comentários:
Oi Aníbal,
Parabéns por seu blog, está muito bem elaborado e interessante. Não conhecia o Vital Farias e gostei muito de conhecê-lo através de seu artigo. Eu também já escrevi alguns poemas sobre o tema ambiental, um deles é o SOS PLANETA. Caso queira, você poderá lê-lo em meu blog, o link do poema segue abaixo. Um abraço. http://andravalladares.multiply.com/journal/item/12/SOS_PLANETA
Parabéns pela sua iniciativa, em divulgar a cultura, para aqueles que visitarem este bog.
Fiquei muito satisfeito em ler, o que está sendo divulgado neste site, as sugestões de livros e músicas serão muito bem vindas.
Sou agora um visitador assíduo deste blog, e seus links indicados.
Um forte abraço
Sidnei
Caro Aníbal:
estou retribuindo a gentileza, com um link de seu blog no “Panorama – Opinião & Literatura” (http://panorama-direitoliteratura.blogspot.com/),
E, também, no “Quadrantes” (http://plcarvalho.blogspot.com/
Grande abraço.
Pedro Luso.
Postar um comentário